Na jornada escolar, é comum que crianças e adolescentes se deparem com situações que possam gerar ansiedade. Seja o início de um novo ano letivo, o retorno das férias escolares, a pressão das provas ou até mesmo situações cotidianas que acontecem dentro do ambiente escolar. A verdade é que sentir ansiedade em determinados momentos é natural, faz parte do desenvolvimento humano e, até certo ponto, é saudável.
No entanto, quando a ansiedade se torna intensa e persistente, afetando o bem-estar e o desempenho dos alunos, ela pode se transformar em um verdadeiro problema para a aprendizagem e o desenvolvimento socioemocional das crianças e adolescentes. Por isso, compreender e lidar com a ansiedade escolar é essencial para garantir que os estudantes se sintam acolhidos, seguros e preparados para enfrentar os desafios da vida acadêmica.
Ansiedade: o que é isso?
A ansiedade é uma resposta natural do corpo humano frente a situações que causam medo, incerteza ou expectativa. Contudo, também pode ser considerada um distúrbio emocional quando ocorre de forma excessiva. Nesses casos, ela pode afetar não só o estado emocional do indivíduo como também se manifestar por meio de sintomas físicos, como tensão muscular, fadiga e insônia, por exemplo.
Precisamos falar sobre a ansiedade escolar!
No contexto escolar, diversos fatores podem desencadear a ansiedade nos estudantes, tais como:
- O início de um novo ano letivo;
- O desafio de aprender um novo conteúdo ou disciplina;
- A adaptação a uma nova escola ou turma;
- A proximidade das avaliações;
- Episódios de bullying e dificuldades de socialização;
Neste contexto, pais ou responsáveis, bem como a equipe pedagógica, precisam se atentar aos sinais que podem indicar um quadro de ansiedade escolar. De modo geral, crianças e adolescentes que enfrentam esse desafio podem demonstrar sintomas como:
- Mudanças de humor, irritabilidade, tristeza e/ ou choro sem motivo aparente;
- Recusa em frequentar às aulas;
- Desinteresse pela vida escolar;
- Problemas de socialização e ao trabalhar em grupo;
- Sintomas psicossomáticos, como dores de cabeça, dificuldades de concentração, insônia, cansaço, tensão muscular, entre outras manifestações físicas.
Reconhecer esses indícios é o primeiro passo para oferecer o suporte necessário às crianças e adolescentes.
Meu filho pode estar sofrendo de ansiedade escolar! E agora?!
Se seu filho demonstra um ou mais sinais descritos anteriormente, pode ser que ele esteja enfrentando ansiedade escolar. Neste caso, é importante estabelecer um diálogo aberto para entender o que está causando esse desconforto. Demonstrar interesse pelo que a criança ou adolescente tem a dizer é fundamental para estabelecer essa conexão. Perguntas como “O que você sente quando pensa na escola?”, “Tem algo te preocupando nas aulas?” ou “Como posso te ajudar a se sentir melhor?” podem ajudar a identificar e compreender a fonte do problema.
Além do diálogo dentro do núcleo familiar, também é fundamental contar com o apoio da equipe pedagógica para tentar entender de que forma o ambiente escolar pode estar contribuindo para a ansiedade da criança ou adolescente. A partir desse contato, é possível buscar, em conjunto, por soluções adequadas.
Por último e não menos importante, se necessário, procure ajuda de profissionais especializados. Isso pode ser fundamental para garantir que a ansiedade não afete o bem-estar e o desenvolvimento integral da criança ou adolescente. Com suporte adequado, é possível ajudar seu filho a enfrentar os desafios da vida escolar com mais segurança e confiança.