Ser bilíngue é muito mais do que dominar a gramática do inglês: é saber se posicionar e se comunicar com e a partir do idioma, entender uma nova cultura e aplicar os conhecimentos da língua em qualquer situação. Sim: toda similaridade com nossas experiências com a língua materna faz sentido e é desejada. Pensando nisso, há muitas características que tornam um programa bilíngue diferente das aulas tradicionais de inglês. Nesse texto, especificamente, vamos tratar da inserção diária que os alunos vivenciam no universo da língua inglesa.
Quando analisamos a grade curricular de uma escola orientada para a educação bilíngue, fica claro o quanto o idioma é transversal às atividades dos alunos. E tudo começa na sala dos professores, onde o planejamento envolve a segunda língua e as matérias convencionais de maneira integrada e orgânica. Em outras palavras, o inglês não é um assunto isolado, reservado a poucas aulas desconectadas das demais. Ele é visto como um caminho para acessar quaisquer outros assuntos.
A essa dinâmica podemos dar o nome de interdisciplinaridade, termo que, cada vez mais, tem relação com o mundo em que vivemos. Nesse sentido, UNO educação conta com uma abordagem bastante interessante em termos de unir os saberes: o CLIL. Essa sigla apresenta o “Ensino Integrado de Conteúdo e Língua”, que propõe a exploração de outras áreas do conhecimento em inglês. Na prática, isso quer dizer que, além de tratar de temáticas próprias do idioma, os professores exploram assuntos ligados à Geografia, à Matemática, à Biologia e assim por diante.
Que benefícios isso traz para o dia a dia dos estudantes? Inúmeros! Afinal, na vida, os temas com que temos de lidar se apresentam sem divisões tão demarcadas como observamos na segmentação gerada pelas disciplinas. Em uma única questão que pede por decisões – da definição de nossas carreiras ao local em que escolhemos morar –lidamos com uma complexidade de fatores. Quando viajamos para um outro país, por exemplo, vemos isso na prática. Interagimos com as pessoas, com a economia local, com a gastronomia e com muitos outros aspectos ligados à cultura, o que torna muito importante a capacidade de estabelecer correlações que unem diferentes áreas do conhecimento.
Temos uma analogia que pode ilustrar tudo isso de que falamos até aqui! Imagine uma caixa de lápis com 12 cores, daquelas que todos nós gostávamos de ter quando éramos crianças. Enquanto uma escola convencional vai estimular o aluno a utilizar as cores de forma isolada, com uma determinada ideia pré-concebida de como aplicá-la, o aluno bilíngue terá a capacidade não só de misturar as cores, como, também, de explorar os mais variados tons de uma mesma cor. Ou seja, há muito mais autonomia, liberdade e desenvoltura.