Quando o Espaço Maker surgiu no Liceu de Estudos Integrados (Aracaju/SE), veio não apenas como um espaço físico para executar projetos pedagógicos pontuais, mas como uma forma de fazer parte do cotidiano escolar porque, agora, tínhamos um espaço de criação para tirar as ideias da cabeça, do papel e colocar em prática. E o que seria esse Makerspace? O que poderíamos inventar, construir, criar? Em nosso Laboratório de Informática, os nossos professores trabalhavam programação, códigos, internet responsável, lógica… mas como transformar esses códigos em algo maker e por quê?
Esse foi o nosso desafio! Meu, como Coordenadora de Informática Educacional, e dos professores de Tecnologia. Os alunos precisavam entender a significação da lógica de programação e como integrar esses códigos, circuitos, marcenaria, arte, eletrônica e o fazer manual. Daí surgiu o nosso projeto bimestral, o Maker Music. O prazer musical iria ultrapassar os limites da tecnologia e os remix e mix feitos nas aulas de Informática seriam transformados em códigos e, colocando a mão na massa, cada equipe construiria seu instrumento musical utilizando os mais variados materiais comuns em seu dia a dia.
O professor Leonardo Feistauer abraçou a ideia e instigou a mentalidade maker em sua turma do 8º ano: “Todos somos criativos, apenas precisamos estimular e oportunizar essa garotada”
Em um primeiro momento do Projeto Maker Music, os alunos selecionaram os diversos gostos musicais de cada equipe, transformaram o som em códigos e resolveram problemas. Em um segundo momento, a sala de aula deu lugar aos artistas, aos criadores e inventores. Os instrumentos musicais iam apresentando suas formas e cores. O momento de testar, de conectar os circuitos para mapear os códigos e transformar os greg makers em teclados manuais. O ambiente modificou todo o processo de aprendizagem e a empolgação tomou conta do espaço. Agora era hora de testar, de corrigir os erros e “fazer de novo”, como disse o nosso aluno Eduardo Henrique.
E assim, transformamos a nossa sala de aula em um espaço de criação, de fato, e a tecnologia veio agregar, entusiasmar e promover a conexão de ideias desconectadas, experimentar, rever falhas e assumir riscos – “porque os riscos e a ousadia fazem parte da proposta Maker – é nesse espaço onde a criatividade e a inventividade formam um novo aluno e fazem o educador reaprender e inovar.”
É nisso em que o Colégio Liceu acredita!
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Texto enviado por Maria Solange Balbino, coordenadora de Informática Educacional do Colégio Liceu de Estudos Integrados – Aracaju (SE)